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AMOR E ÓDIO - DOIS AFETOS INSEPARÁVEIS

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Para a psicanálise, o amor é um conjunto complexo de atitudes, necessidades e desejos que transitam entre razão e emoção, e tem por base os vínculos da primeira infância. Freud afirma que o amor se apresenta a partir de opostos, como: amar e ser amado, que representa a oposição entre atividade passividade - amor e ódio, que representa oposição entre os conteúdos. 


No início da vida, as figuras que representam a maternidade e/ou paternidade, são os “objetos” primários que podem potencializar tanto o amor, como o ódio. Ou seja, esses  vínculos primários geram sentimentos saudáveis ou patológicos. Geralmente esses dois afetos oscilam entre idealização “amor” e agressão “ódio”, podendo afetar os relacionamentos no decurso da vida.


O processo analítico, tem por principal ferramenta a escuta do sujeito do inconsciente, inconsciente esse, que se desvela no falar livre da psicoterapia, revelando seus extremos como: amor e ódio, falta e excesso, entre outros. Esses extremos representam uma condição humana que produz sentimentos profundos, que muitas vezes coexistem na vida emocional do indivíduo. Ou seja, a ambivalência é uma das características dessa condição de amar e odiar, que pode coabitar de forma simultânea as relações humanas. 


É, a partir da compreensão das questões inconscientes, as quais transitam entre amor e ódio, e também desvelam um novo espaço, uma nova condição, para que o paciente possa compreender os seus vínculos passados e consiga organizar os atuais de forma mais fluida. Esse processo torna o indivíduo seguro e mais hábil entre a escolha do sim, e do não, diante da dinâmica do desejo. Ou seja, o conflito entre amor e ódio, é um potencial motor capaz de levar o sujeito ao encontro consigo mesmo e com o mundo. 


 
 
 

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